Xango Ayrà

Xango Ayrà
Kaô Kabiecilê!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CANTO, TOQUE E VIBRAÇÃO

Olá a todos.
Hoje vou escrever sobre algo que considero fundamental, mas muitas vezes é simplesmente ignorado pelas pessoas que frequentam nossa religião.
Um ponto ou cantiga serve para contar a história de determinado Orixá ou Caboclo, inclusive podendo se saber através dele as linhas de determinada entidade ou o histórico daquele Orixá.
Aqui,via de regra, começa a mainor parte da discórdia, seja em relação a Umbanda ou no Candomblé, já que algumas pessoas querem ter a verdade absoluta e não respeitam as outras casas em seus cantos ou forma de conduzir um toque.
Para quem ainda pensa dessa forma, recomendo a leitura de meu post sobre atitude.
No que tange os toques temos outro grande problema: já sofremos coma regionalização dos ogans, onde no Rio de Janeiro, por exemplo, temos um toque mais cadenciado, enquanto que São Paulo e Bahia esses são mais rápidos.
Além disso, temos divergência entre as casas e as vezes entre os próprios frequentadores, pois o toque está muito lento, muito rápido, muito baixo, muito alto, muito repicado, muito só base...
Pois é.
Nesse momento, nós Ogans e atabaqueiros, e os próprios sacerdotes das casas não podemos cair na tentação que a 'grama' do Ogan que está visitando é mais verde, pois as vezes uma dobrada diferente, um canto novo ou uma voz mais bonita (rs) não quer dizer mais conhecimento.
Aqui também reside uma preocupação no Ogan responsável pelos atabaques na casa: qual a melhor forma de conduzir um toque?
Simples... muito simples...
Da forma que seu zelador de santo achar melhor, pois o objetivo dos atabaques é auxiliar na condução das festividades, já que o principal, apesar de algumas pessoas esquecerem, é o Orixá ou Caboclo e não os atabaques.
Nós temos um dom sagrado, mas a liturgia de nossas religiões está nos espiritos e muitas casas simplesmente esquecem isso.
No que tange velocidade e volume dos toques, ressalto mais uma vez o respeito que deverá existir sobre a opinião do sacerdote, mas destaco desde já que o atabaque é vibração, e como todos os elementos ligados a natureza, ponto de principio de nossa religião, eixstem diversas vibrações: por exemplo, a vibração de uma leve chuva é completamente diferente da vibração de uma tempestade, mas ambas são importantes.
Portanto pais ogans, com a licença e respeito a outras opiniões, temos que sentir a vibração naquele momento e fazer parte dela, com o intuito de tornar a festividade ainda mais bonita.
Hoje escrevo sobre algo que sempre tive vontade de compartilhar.
Fico ao dispor para comentarmos e discutirmos.

Axé para todos nós!

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