Xango Ayrà

Xango Ayrà
Kaô Kabiecilê!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ASESE

Olá a todos.
Algumas pessoas, após ler o post polêmico de ontem, ficaram me perguntando sobre o que seria o asese. Portanto, resgatei o texto abaixo que certamente irá auxiliar na compreensão.
Não há nenhum erro em afirmar que o axexê (àsèsè) é a cerimônia fúnebre do Candomblé, mas é preciso acrescentar que o axexê é acima de tudo, uma celebração da vida e apenas encontra a morte a seu pretexto. A morte de qualquer membro da comunidade do Candomblé implica na realização desse ritual fúnebre, cuja finalidade é desfazer o assentamento do ORI e os vínculos com o Orixá pessoal, significando desfazer, também, os vínculos com todos os membros do barracão e despachar o EGUN do morto, para que o mesmo deixe a Terra e vá para o ORUN.
Estas fases acima são as que permeiam a iniciação ao Candomblé.
Nesta religião existem muitos recursos e alguns deles são, os oráculos, as oferendas, os defumadores, os banhos e as ervas medicinais, estes recursos também são usados para resolver problemas do quotidiano dos fiéis. Na África, onde o Orixá era cultuado dentro da casa da família, as pessoas iam todos os dias ao sacerdote, que fazia um jogo para ver o que o Orixá dizia sobre os acontecimentos do dia da pessoa. Acontecimentos especiais, como viagens e negócios, pediam consultas especiais. Sempre o sacerdote fala uma orientação sobre o que a pessoa deveria fazer naquele dia para anular uma influencia ruim e atrair o favor dos deuses. Embora hoje não exista mais essa facilidade de contato quotidiano com a religião, os oráculos ainda são o grande recurso a que as pessoas recorrem quanto têm algum problema difícil de resolver.
Os pais e mães-de-santo (Babalorixás e Yalorixás) são os mais altos sacerdotes na hierarquia do Candomblé. Na religião mais tradicional existe uma nítida separação entre as atribuições de homens e mulheres (embora hoje em dia esta norma seja bem mais flexível).
Os (as) filhos (as) – de – santo são responsáveis diretos (as) pelo cuidado cotidiano com os Orixás: são eles (as) que “viram no santo”, trazendo para o meio dos vivos, através do próprio corpo, as divindades protetoras;
Dentro da hierarquia do Candomblé há diversos cargos no qual serão citados em um quadro explicativo, após este artigo. Ainda sim se é ressaltada a presença e a importância dos Ogans e das Ekédes sendo estes considerados servos sagrados dentro da religião, são cargos natos, ou seja, já nascem com essa missão, ao contrário dos outros cargos que são confiados pelos Orixás devido à devoção e dedicação a casa de santo. Tratando-se de Ogans e Ekédes na Umbanda serão encontrados como sendo os atabaqueiros e as cambones, e também dentro desta religião ainda desenvolvem um papel importante, tendo a função de observar os trabalhos enquanto o Zelador ou Zeladora encontra-se incorporado por uma das entidades chefes da casa, como também tocar para que se manifestem as entidades (Atabaqueiros) e servindo as entidades (Cambones).

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