Xango Ayrà

Xango Ayrà
Kaô Kabiecilê!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

FUTEBOL E FÉ

Pessoal, bom dia.
Hoje vou postar sobre algo que me faz achar graça...
A questão do futebol e fé.
Eu, particularmente, sou muito fã de futebol, mas posso garantir que jamais acendi uma vela para 'ajudar' meu time, ou atrapalhar outro.
Sou de uma época que o Orişà era algo muito importante para ser tratado dessa forma (tenho opinião idêntica a jogos de azar) e que as caidas do jogo de búzios era usado para ajudar as pessoas, e não como ferramenta de auto-promoção.
Enfim, vejo minha religião como algo sério e especial, o qual certamente jamais utilizei para esse tipo de fim.
Agora se você é uma pessoa que tem esse costume, já pensou que poderia pedir coisas mais fundamentais a sua vida?
O que me deixa feliz é saber que os Orişàs concordam comigo; afinal como ouvi em uma de minhas viagens a Bahia, 'se macumba resolvesse o Campeonato Baiano acabava empatado todo o ano'.
Então aqui deixo minha reflexão: dê foco a coisas realmente importantes em sua vida.
Aşè

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Literalmente Şango não é Ayrà!

Bom dia a todos.
Tirando o pó de alguns arquivos antigos, localizei alguns posts de Orkut que me chamaram a atenção à época. Segue para dividir conhecimento.
Peço escusa mas não localizei a comunidade ou quem postou a época.


Há uma diferença muito grande entre os caminhos de Şango e Ayrà.
Şango vem da terra de Tapa!!!
Ayra vem da terra de Savé!!!
Ayra come com os Oxalas!!! Mas alguns pode levar dende, depende de cada nação. (nota: na minha não pega dende)
Ayra também é chamado de Arira, é o Deus dos trovões da cidade de Savé, por isso confundido com Şango. Mutios relacionam a um Orişà funfun, mas tem várias controvérsias. Ayra foi que descobriu o fogo, e segundo lendas??? Xango o trouxe para seu ministério, com interesse em obter este poder.
A relação com Oxala esta no uso de Seguis ( contas azuis e algumas nações marrom com branco) e o uso do Branco, prata e xumbo.
Seus assentos tbm são em gamelas e dependendo da nação os Otás pode ser em numeros de 2,6 e até 12, sendo o do meio o ponto central.
As qualidades se diferem por regiões aonde se cultivava inhame. Adjaunci, Igbonã e Intilé.
Adjaunci: em algumas nações e o Aira que come com Oba(feminino Orixa). Tem relação com todas as Iyabas e mora no santuario de Ilecó, tem plena relação com o fogo. Pois o mesmo através da magia abrandou um incendio no santuario de Ilecó, Oba com gratidão deu a ele o Titulo de Adjaunci. Liderando com ela o lado esquerdo do Orún. Tbm se arruma Iyemonja e Ogun.

Igbonã: Tem relação direta com a fogueira em chamas, o fogo vivo a ele pertence. Arruma-se Oxalas, Iemonja e Oxun.

Intilé: Esta relacionado tbm ao fogo, porém como carrega Oxalufon nas costas é o unico que de maneira nenhuma come dende. Veste-se de branco total e é o mais calmos dos Airas.


Segundo post:
Xango foi desbravador, conquistador,guerreiro e impiedoso. Traiu seu povo, depois se arrependeu.
Come dende, rabada, amalas quentes e tudo tem relação com muito...
O cobre é sua cor preferida, vermelho, marrom etc...
A grande diferença tbm esta relacionado a Coroa, pois Xango foi Rei, Aira não.
Apesar de seus assentamentos serem parecidos. Difere nas cores e algumas indumentarias, eles são bem diferentes.
A mãe de Xango é Bany, Iya Maci Malê.
A Mãe de Aira é Iya Mama.


Não poderíamos deixar de lembrar um fator constantemente citados nos mitos e narrativas tradicionais, e que influi consideravelmente no aumento do número de divindades - o herói adoro.Alguns ancestrais acharam seu caminho para entrar no panteão dividido através de excessiva veneração por parte do povo yorubá.Após seu desaparecimento físico, era organizado seu sistema de culto apoiado em gostos e predileções que tinham quando em vida.Em certos casos, o poder do herói foi tão forte, que ofuscou o brilho de òrìsà altamente tradicionais.É o caso de jákúta, que era originalmente a adivindade do fogo e do trovão; Sàngó captou esses atributos através de seus feitos memoráveis, passando a ser mais conhecido do que a divindade primordial, jakùtá, entre o povo de Òyó.É em conseqüência destes exemplos que alguns pesquisadores concluíram que a religião de òrìsà é toda de adoração a ancestrais.
Um dos raros relatos dos odù-Ifá em que são mencionados nomes de òrìsà e outros correlatos é o das Águas de Osalá. Aí, são mencionados Òsàlúfón, Òsàgiyàn, Sàngó e Aira como personagens distintos envolvidos numa odisséia onde destacamos um trecho do relato: ¨...Òsàlúfón foi retirado da prisão, mas ficou aleijado devido aos maus-tratos dos
Soldados de sàngó, que desconheciam quem ele era... Sàngó entregou Aira para acompanhar Òsàlúfón ao seu palácio em Ifón.No retorno, Òsàlúfón faz uma visita a Òsàgiyàn em Èjìgbò, sendo-lhe oferecida uma grande festa pelo seu retorno.”
Na cidade de Ilé Ifé, Òsàlúfón é visto como o pai de Òsàgiyàn e filho de Obàtála, enquanto que Aira é conhecido na cidade de Kétu como Aira Igbonan, originário de Savé, onde seus adeptos usam adornos de estanho, metal este consagrado a Òsàlá.É visto como o grande irmão de Sàngó e definido como “Aquele que estrondeia e brilha quando a chuva cai”, numa alusão aos raios e trovões.
Aşè a todos.

terça-feira, 28 de junho de 2011

NOVO VIDEO SENZALA SALESÓPOLIS

Pessoal, bom dia.
Conforme postei semana passada, tive um evento em Salesópolis no espaço conhecido como Senzala.
Postei ontem a noite um vídeo onde 'aqueciamos' os atabaques.
Confira lá e me de sua opinião:
Pesquise em meus videos. A noite postarei o link.
Já passei para quem me segue no Twitter: JoaoAyra
Aşè

segunda-feira, 27 de junho de 2011

FORÇA PARA RECOMEÇAR, SEMPRE!

Pessoal, bom dia.
Apesar de sempre existirem pessoas contrárias, sempre continuo com meus projetos, o qual incluo esse texto diário.
Porém, a minoria não influenciará meus objetivos e o que sou.
Leve isso com você: aprenda a separar criticas construtivas de mera INVEJA.
Abraços
Aşè

quarta-feira, 22 de junho de 2011

FESTA OGÙN SÁBADO

Pessoal, bom dia.
Essa semana já postei sobre o evento no Senzala e hoje vou postar sobre o toque em minha casa.
O toque em si foi muito bom, com a presença de Şango para alegrar a noite (sem vestir para não termos problemas com o dono da festa...), Iemanjà, Oyà e, claro, o dono da festa!
Tudon correu dentro das normalidades, até demais para o meu gosto. As vezes é interessante notar como você é mais respeitado em outros Ilês do que dentro do seu.
Mas enfim, o Orişà não tem culpa das pecuinhas das pessoas, tão inseguras de si mesmas.
Acho melhor parar por aqui para evitar mais problemas...
Um outro ponto muito positivo foi a forma de enfeite usada na casa por minha mãe, pois ela sabe o quanto gosto dessa forma de decorar o ambiente para essas forças da natureza.
Aşè a todos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

SENZALA SALESOPÓLIS II

Pessoal, bom dia.
Questionaram-me sobre o que exatamente eu quis dizer no post de ontem.
Vou tentar ser mais claro :)
Eu estava em um local com muito significado; afinal eu estava no local onde as pessoas que trouxeram os fundamentos de minha querida religião.
Do mais, como já descrito, o ambiente em si mudou quando tudo terminou, e certamente fizemos um grande bem: apresentando minha religião e trazendo e de volta a alegria a alguns seres bem sofridos.
Amanhã estarei postando sobre a Festa de Ogùn em minha casa.
Aşè

segunda-feira, 20 de junho de 2011

SENZALA EM SALESOPOLIS - EVENTO EM 19/06/2011

Prezados, bom dia!
Ontem tive um daqueles momentos especiais, o qual não podemos esquecer jamais.
Explico.
Em Salesópolis, em uma rota alternativa para quem vem do litoral norte sentido região de Mogi das Cruzes, existe um espaço que preserva uma 'estadia' (explico melhor abaixo), onde além de descanso, servia como local para realizar trocas de mercadoria na época da escravidão (sal e escravos que vinham do mar por produtos de origem agrícola), além de ponto de prostituição com os quartos conhecidos como das virgens, onde não havia janela para evitar que as pessoas fossem assaltadas enquanto 'descansavam', sendo nesse quarto que ficavam as mais belas negras para serem estrupadas.
No local, conforme relatou seu proprietário, não existe indicio de senzala (apesar do nome) já que o local servia como área de parada entre as rotas do mar/fazendas. o ambiente estava muito carregado em minha concepção quando chegamos, e essa percepção não era exclusiva deste que escreve.
Além de toda essa parte histórica, o post de hoje sobre um dia tão especial não se limita apenas a visita.
Em continuação ao evento que participei em Suzano sobre o Candomblé e demais culturas afro na Copa do Mundo, um grupo de brancos, e negros, foram convidados para assistir as apresentações nesse local; começamos com Ogùn, sendo logo após apresentada puxada de rede da capoeira com Mestre Quim (grande amigo que pareço conhecer a ANOS); sendo apresentada na sequência roda de capoeira.
Finalizamos com Yemonjà; Oyà; e meu pai Şango, com grande destaque para esse último frente a apresentação do coreógrafo Onório com as chamas sagradas de meu pai em sua coroa.
E eu estava lá.
Tocando meu Rwm ao lado do Ogan suspenso em minha casa Marcelo.
Pois é meus amigos. O dono do lugar ficou amaravilhado com tudo, mas nem sabia como foi muito MELHOR para mim, por poder demonstrar meu dom dado por meu Orişà em local tão especial.
Pude cantar, fazer as louvações e até abraços emocionados recebi no local, agradecendo-me por proporcionar tamanha alegria a quem estava presente.
Porém, pela vibração que havia no local no momento do Ajeum, não era somente aqueles espectadores que eu havia agradado.
Arrepio-me de escrever isso, pois percebi que a alegria estava cravada naquele lugar na noite de ontem, onde muitos sofreram por noites que pareciam eternas.
Parece que meu Orişà sempre me coloca nessas provações: só conseguiram contato comigo faltando dois dias; sábado teve toque em minha casa (calma, irei postar sobre ele amanhã) e estava muito cansado. Porém, venci tudo isso, fiz essa apresentação na noite de ontem e pude dormir com a sensação de ter feito algo especial para pessoas especiais.
Que sentimento MARAVILHOSO para começar a semana.
Aşè a todos, pedindo a Ayrà que proporcione a todos um dia tão mágico como ontem para mim.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

HISTÓRIA AIRA

Áyrà ou Airá
Normalmente confundido com Xangô, no Brasil, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Xangô. Airá é uma divindade da região de Savé muito embora não existam registros de iniciação para ele nessas terras, seu culto está restrito ao seu templo em Savé, Nigéria. No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gêmeo de Xangô, o que é verdadeiramente um absurdo.

Segundo as casas de culto ao orixá, este orixá veste-se de branco e tem profundas ligações com Oxalá. Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, nem com sal e sim com banha de ori africana. Comeria quiabos, assim como Xangô e Iroko.

Airá era um Orixá no fundamento de Xangô, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Por essa rivalidade com Xangô, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Xangô. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados.

Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas pode ser relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho, redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos. Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Xangô e Aganjú.

No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá seria uma face mais amena e pacífica de Xangô. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Xangô, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Xangô, em sua grande maioria, os filhos de Xangô estão sendo iniciados em outros Orixás.

Ao contrário de Xangô, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo como Xangô. Este fato, pode ser evidenciado em uma de suas cantigas que diz: "A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho como um tambor".

Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma ação mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã é seria ele quem estabelece sua vontade.


A tradição da Fogueira foi criada por associação ao santo Católico São João, pois na África este ato é inexistente.

Em alguns terreiros de candomblé algumas pessoas afirmam que Airá é uma das qualidades de Xangô. Ele costuma ser visto como uma face mais branda e calma do deus do fogo.

Airá Intilé: Não existem qualidades de Orixá algum, Intilé é apenas um título de Airá que quer dizer "O dono da Casa". É o filho rebelde de Obatalá. Airá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá. Um dia, Obatalá juntou-se a Odudua e ambos decidiram pregar uma reprimenda em Intilé. Estava Intilé na casa de uma de suas amantes, quando os dois velhos passaram à porta e levaram seu cavalo branco. Airá Intilé percebeu o roubo e sabedor que dois velhos o haviam levado seu cavalo predileto, saiu no encalço. Na perseguição encontrou Obatalá e tentou enfrentá-lo. O velho não se fez de rogado, gritou com Intilé, exigindo que se prostrasse diante dele e pedisse sua benção. Pela primeira vez Airá Intilé havia se submetido a alguém. Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas. Foi então que Obatalá desfez os colares de Airá Intilé e alternou as contas encarnadas com as contas brancas de seus próprios colares. Obatalá entregou a Intilé seu novo colar, vermelho e branco. Daquele dia em diante, toda terra saberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez com que Airá Intilé o levasse de volta a seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas. Nesta qualidade, Airá Intilé dá a seu devoto um ar altivo e de sabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido.

Airá Ibonã: Como já foi dito, não existem qualidades de Orixá algum. Ibonã nada mais é que um título que quer dizer: Ibonã = Quente ou Ibonã = Febril. Este é um título ostentado por muitos outros Orixás, um bom exemplo é o Orixá Omolu. É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança acompanhado de Iansã, pisando as brasas incandescentes. Conta o mito que Ibonã foi criado por Dadá, que o mimava em tudo o que podia. Não havia um só desejo de Ibonã que Dadá não realizasse. Um dia Dadá surpreendeu Ibonã brincando com as brasas do fogão, que não lhe causavam nenhum dano. Desde então, em todas as festas do povoado, lá estava Airá Ibonã, sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras. Nessa qualidade, os seguidores de Airá têm espírito jovem, perigoso, violento, intolerante, mas são brincalhões, alegres, gostam de dançar e cantar

Airá Osi: Mais um título de Airá que quer dizer Osi = Esquerda É o eterno companheiro de Oxaguiã. Um dia, passando Oxaguiã pelas terras onde vivia Airá Osi, despertou no jovem grande entusiasmo por seu porte de guerreiro e vencedor de batalhas. Sem que Oxaguiã se desse conta, Airá trocou suas vestes vermelhas pelas brancas dos guerreiros de Oxaguiã, misturando-se aos soldados do rei de Ejibô. No caminho encontraram inimigos ao que Osi, medroso que era, escondeu-se atrás de uma grande pedra. Oxaguiã observava a disputa do alto de um monte, esperando o momento certo de entrar nela, mas, para sua surpresa, percebeu que um de seus soldados estava de cócoras, escondido atrás da pedra. Sorrateiramente Oxaguiã interpelou seu soldado e para sua surpresa deparou-se com Airá que chorava de medo, implorando seu perdão, por haver enganado o grande guerreiro branco. Oxaguiã, por sua bondade e sabedoria, compadeceu-se de Airá Osi. No entanto, como punição pela mentira de Airá, decidiu que naquele mesmo dia o jovem voltaria à sua terra natal vestindo-se de branco e nunca mais usaria o escarlate, devendo dedicar-se a arte da guerra para poder seguir com ele em suas eternas batalhas. Os filhos de Airá Osi são considerados jovens guerreiros, lutam pelo que querem, mas as vezes deixam-se enganar pela impetuosidade. São calmos, não tidos a trabalhos intelectuais, são amorosos, alegres e sentimentais. São muitas as invocações ou qualidades de Xangô, que, como vimos, se juntam às outras tantas de Airá. Em diferentes países e regiões da diáspora africana em que a religião dos orixás sobreviveu e prosperou, há diferentes variantes das qualidades dos orixás, pois cada grupo, geograficamente isolado, ao longo do tempo, acabou por selecionar esta ou aquela passagem mítica do orixá. Muitas foram esquecidas, outras ganharam novos significados. Cada qualidade é representada por diferentes cores e outros atributos, de modo que, pelas vestes, contas e ferramentas, ritmos e danças, é possível identificar a qualidade que está sendo festejada, principalmente no barracão de festas dos terreiros. Não só por esses aspectos, mas também pelas oferendas votivas e pelos animais que são sacrificados em favor da divindade.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ayr%C3%A0

Gostou? Essa era a parte fácil... Segunda-feira estarei comentando esse texto.
Aşè

quinta-feira, 16 de junho de 2011

GUARDIÃO DO CONHECIMENTO

Olá pessoal, bom dia.
Hoje vou esclarecer um projeto que terei aqui dentro do blog.
Nós Ogans, mais que tocar e cortar, temos como obrigação ser guardião da cultura histórica de nossa religião.
Portanto, estarei postando um pouco do que estudo para podermos compartilhar conhecimento e fazer cumprir cabalmente minha missão.
Ninguém tem o intuito de ser dono da verdade absoluta, mas acho interessante parte dos estudos que possuo, muitas vezes não podendo ser de acesso as pessoas.
Aşè

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CQC MENTIRA

Pessoal, bom dia.
Nessa semana tivemos um especial do CQC na Rede Bandeirantes sobre mentiras.
Comecei a assistir o programa o qual sou (agora praticamente era) fã pelos seus apresentadores. Começou com a mentira de mapa astral quando me lembrei de um fato.
Dois zeladores, os quais confio plenamente para saber que jamais inventariam algo do tipo, me informaram terem sido, de forma insistente, procurados para fazer um trabalho de amarração, inclusive com valores e se identificando como do programa.
Francamente, após me lembrar disso parei de assistir o programa e preferi ir dormir.
Associei essa procura com tal programa sobre mentira e tenho certeza que se alguém aceitou fazer tal coisa associaram nossa religião a tais práticas, e da forma mais perjorativa possível, como já ocorreu anteriormente.
Se nenhum aceitou, dúvido que tenham informado isso no programa, demonstrando nossa seriedade. Posso estar queimando a lingua mas acredito ser improvável essa informação no ar.
Portanto, gostaria de deixar minha nota a esse programa por tentar tornar negativa nossa imagem, apesar de saber que tais trabalhos de amarração em nada tem haver com nossa religião. Todavia, essa não é a visão da maioria das pessoas e temos que lutar e sempre estarmos atentos a fatos assim, mesmo sendo fã de quem está fazendo, pois minha religião está acima disso.
Espero que eu tenha conseguido me expressar corretamente, pois o sono hoje está grande.
Caso as coisas tenham sido diferentes do que imaginei, peço escusas desde já e fico a disposição para discutir o assunto.
Abraços a todos!

terça-feira, 14 de junho de 2011

CRIANDO CANTIGAS

Pessoal, bom dia.
Outro dia, acompanhando uma discussão de seleto grupo de candomblecistas, chegaram a conclusão que seria possível criar novas cantigas, com o devido conhecimento iorubá (gramatical e verbal).
Eu mesmo já pude presenciar essa situação com senhora que domina o idioma e criou uma cantiga na saída de uma Yemonjà de 21 anos.
Lindo e que demonstra muito conhecimento.
Porém, me questiono francamente que caminho seguir: da criação ou do resgaste da cultura em nossa origem.
Eu ainda me inclino para a segunda corrente, pois ainda acho que nossas raízes estão sendo perdidas cada vez mais, ainda com maior volume em minha nação Keto, frente a diversos Iles hoje preferir o Efon mesmo não tendo ele em suas raízes.
Uma situação é a casa cantar um pouco ou homenagear outra nação em um Orişà (já presenciei muitas Angolas cantando um pouco para determinado Orişà em Keto).
Além disso, a criação de novas cantigas pode, ainda, cair 'nas mãos' de zeladores sem escrupulos que justificarão isso para tornar nossa religião motivo de piada, não sendo loucura imaginar a mistura iorubá-português.
Por essas e pelo tradicionalismo marcado em minha personalidade é que acredito ser periogoso esse caminho, devendo ser usado com cuidado e por quem efetivamente domina a cultura e idioma.
Mas acredito ser mais prudente e importante o resgate as raízes do que a criação.
Asè a todos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O RETORNO

Pessoal, bom dia.
Conforme já havia informado, fiquei essa semana anterior sem postar, porém, retorno na presente data com força máxima (e frio no máximo também...).
Agora retorno com o intuito de continuar o trabalho que iniciei de diminuir os pré-conceitos existentes em nossas religiões de matriz afro.
Atualmente existe uma grande confusão nas cantigas e toques de origem yorubà, onde alguns confundem o Efon com Keto.
Certamente iremos conversando, debatendo e evoluindo.
Afinal, uma das coisas mais importantes de minha missão é justamente não deixar a história morrer!
Sigam-me no twitter @JoaoAyra: facebook com mesmo link e procure esse nome no Orkut!
Abraços a todos.

sábado, 4 de junho de 2011

UMA SEMANA SEM POST

Pessoal, bom dia.
Nessa semana que se inicia não poderei estar postando...
Peço que revejam os artigos anteriores e que postem comentários... eu estarei moderando eles quando eu retornar (não deixo livre por conta de comentários de puro preconceito a nossa religião).
Espero que meu blog esteja agradando, ou somando, algo a vida de vocês.
Estou muito feliz de poder compartilhar minhas opiniões com os senhores.
Abraços
Ogàn Ayra

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O ASÈ EXISTENTE EM UM ASSENTAMENTO

Pessoal, bom dia.
Acho interessante e de muita liturgia os rituais existentes na roda de candomblé. Os Orisàs realizando seus atos; os cantos recontando suas histórias e principais características; o povo vestido (via de regra né... afinal sempre temos exceções) com as vestimentas características... tudo isso é muito bonito e muito especial para mim.
Todavia, quem já passou pelo rito de iniciação sabe que JAMAIS seria possível comparar tudo isso à energia existente em um assentamento de Orisà.
A pureza, vibração e poder emanado disso jamais poderá ser comparado a qualquer rito de incorporação (ou possessão como diz alguns). Ali o assunto é definido diretamente entre a conexão pessoa-orisà, sendo certo que a maioria sente e percebe que a partir daquele momento existe uma nova vida conectada a sua.
Portanto, as pessoas que acham belo o candomblé vistos nas rodas JAMAIS saberão a verdadeira vibração existente enquanto não tiver seu Orisà assentado e perceber que ele sempre estará ali; pronto para te receber, orientar, e passar forças para continuar no caminho.
Um excelente dia para vocês e que Ayrà nos cubra com sua benção.
Asè

quarta-feira, 1 de junho de 2011

1000 acessos!

Pessoal, bom dia.
Ontem, pouco mais de dois meses no ar, esse blog chegou a marca de 1000 acessos, sendo este um fato bastante comemorado por mim, que iniciei esse trabalho com o único intuito de poder escrever um pouco o que penso de nossa religião.
Meus textos a princípio eram de reflexão, demonstrando a importância do Orisà em minha vida.
A coisa maravilhosa foi que isso cresceu, cresceu e hoje percebo que meus textos auxiliam as pessoas de alguma forma e agradeço muito a meu pai Ayrà por me permitir realizar esse trabalho.
A responsabilidade cresce também e podem ter certeza que o cansaço nas manhãs, em sua imensa maioria em um trêm extremamente lotado (quem já utilizou a linha Estudantes-Guainases e Guaianases-Luz sabe do que estou falando...), não será fato impeditivo para eu poder continuar a escrever e compartilhar.
Apenas alguns fatos interessantes que me fizeram refletir a magnitude da internet e a responsabilidade que possuo:
Esse blog já foi acessado, além do Brasil é claro, nos Estados Unidos; Alemanha; Portugal; Cingapura; Angola; Chile; Indonésia e Malásia. Inclusive, em mais de um pais esse acesso é praticamente diário!
Ou seja, escrevo exclusivamente de uma religião brasileira (por favor, não vamos confundir o candomblé com o culto aos Orisàs existente na África (tópico para outro post...rs)) e consigo ter esse tipo de repercussão.
Do mais, podem ter certeza que tais fatos apenas fazem que eu tenha ainda mais vontade de continuar.
Obrigado a vocês, pois se utilizo esse blog para expor minhas idéias, o fato de saber que tantas pessoas o acompanham apenas me dá mais força para continuar.
Asè a todos!
Ayrà modupé!