Xango Ayrà

Xango Ayrà
Kaô Kabiecilê!

quinta-feira, 31 de março de 2011

POR QUE O CULTO DO ORIXÁ É CHAMADO DE CANDOMBLÉ?

Pessoal, bom dia.

Sempre falo as pessoas que só fazemos algo bem feito quando buscamos entender o PORQUÊ do que está sendo feito.

E ai vem um ponto muito curioso: Por que o Candomblé se chama Candomblé, se em suas origens africanas era chamado de "Culto aos Orixás?". Peguei as informações abaixo há alguns anos atrás na internet e compartilho com meus irmãos.

Espero que aproveitem!

Em 1830, algumas mulheres negras originárias de Keto, na Nigéria, e pertencentes à irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, reuniram-se para estabelecer uma forma de culto que preservasse as tradições africanas aqui, no Brasil.
Segundo documentos históricos da época, esta reunião aconteceu na antiga Ladeira do Bercô; hoje, Rua Visconde de Itaparica, próximo a Igreja da Barroquinha na cidade de São Salvador - Estado da Bahia.
Desta reunião, que era formada por várias mulheres, conforme relatei anteriormente, uma mulher ajudada por Baba-Asiká, um ilustre africano da época, se destacou:
- Íyànàssó Kalá ou Oká, cujo òrúnkó no orixá era Íyàmagbó-Olódùmarè.
Mas, o motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil, pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos negros e descendentes, nada teriam para preservar o "culto de orixá", já que os negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticarem assim a religião católica.
Porém, como praticar um culto de origem tribal, em uma terra distante de sua ìyá ìlú àiyé èmí, ou a mãe pátria terra da vida, como era chamada a África, pelos antigos africanos?
Primeiro tentaram fazer uma fusão de várias mitologias, dogmas e liturgias africanas. Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma mini-África, ou seja, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos. Ao contrário da África, onde cada orixá está ligado a uma aldeia, ou cidade, por exemplo: Xangô em Oyó, Oxum em Ijexá e Ijebu e assim por diante.
Mas, por que esse culto foi denominado de CANDOMBLÉ?
Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o que chamo de culto a orixá, ou seja, cada região africana cultua um orixá e só inicia elégun ou pessoa daquele orixá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Yalorixás evitavam chamar o "culto dos orixás" de Candomblé. Eles não queriam com isso ser confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas.
A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de "Candonbé", um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de "Candonbidé", que quer dizer "ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa".
Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, conforme a seguir:
• Candomblé da Nação Keto
• Candomblé da Nação Jeje
• Candomblé da Nação Angola
• Candomblé da Nação Congo
A palavra "Nação" entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos mahin.
Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokutá, Ijexá, Ebá e Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Keto.
Keto era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Keto ou Alaketo.
Esses yorubás, quando guerrearam com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil.
Quando os yorubás chegaram naquela região, já sofridos e maltratados, foram chamados pelos fons de ànagô, que quer dizer na língua fon "piolhentos, sujos" entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou nagô e passou a ser aceita pelos povos yorubás no Brasil, para definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada nagô.
No Brasil, a palavra nagô passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região norte, mais conhecido como Xangô do Nordeste.
Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Keto com raízes yorubás.
Porém, existem variações de Nações, por exemplo, Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijexá. Efan é uma cidade da região de Ilexá próxima a Osobô e ao rio Oxum. Ijexá não é uma nação política. Ijexá é o nome dado às pessoas que nascem ou vivem na região de Ilexá.
O que caracteriza a Nação Ijexá no Brasil é a posição que desfruta Oxum como a rainha dessa nação.
Da mesma forma como existe uma variação no Keto, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Keto.
Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo.
A partir de Maria Néném e depois os Candomblés de Mansu Bunduquemqué do falecido Bernardino Bate-folha e Bam Dan Guaíne muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras.
Nesse estudo sobre Nações de Candomblé, poderia relatar sobre outras formas de Candomblé, como por exemplo, Nàgó-vodun que é uma fusão de costumes yorubás e Jeje, e o Alaketo de sua atual dirigente Olga de Alaketo.
O Alaketo não é uma nação específica, mas sim uma Nação yorubá com a origem na mesma região de Keto, cuja sua história no Brasil soma-se mais de 350 (trezentos e cinqüenta) anos ao tempo dos ancestrais da casa: Otampé, Ojaró e Odé Akobí.
A verdade é que o culto nigeriano de orixá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nas primeiras casas de Candomblé, os homens não entravam na roda de dança para os orixás. Mesmo os que se tornavam Babalorixás tinham uma conduta diferente quanto a roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter-se que se inserir no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de ogans.
Hoje, a palavra Candomblé define no Brasil o que chamamos de culto afro-brasileiro, ou seja: "UMA CULTURA AFRICANA EM SOLO BRASILEIRO".

quarta-feira, 30 de março de 2011

O QUE SIGNIFICA ASÉ! (ou Axé em português)

Bom dia a todos.
Essa talvez seja a palavra mais conhecida, e utilizada, por todas pessoas, iniciadas ou não em minha amada religião.
Mas afinal de contas, você sabe o que significa Asé?
A palavra Axé é de origem yorubá e é muito usada nas casas de Candomblé. Axé significa "força, poder" mas também é empregada para sacramentar certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo:
Eu digo: - "Eu estou muito bem”. Outro responde: - “Axé!" Esse "axé" aí dito equivaleria ao "Amém" do Catolicismo ("que Deus permita").
Por sua grafia, explica-se que, ASÉ significa isso: Awa = nós; se = realizar.
AXÉ, nós realizamos, com a ajuda, a força e o poder de nossa crença nos Òrìsà e nos nossos Ancestrais.
Mas, o Axé ainda pode significar a própria casa de Candomblé em toda a sua plenitude. Daí, uma Yalorixá também ser chamada de Yalaxé (Iyálàse), ou seja, "Mãe do Axé" ou a pessoa responsável pelo zelo do Axé ou força da casa de Orixá.
Axé também pode significar "Vida". E tudo que tem vida tem origem. Chamar a vida é chamar o Axé e as origens. Os Orixás são Axé, os Orixás são Vida.
Agora, o que seria Contra-Axé?
Os contra-axés são todas as estruturas de opressão e morte que destroem a vida das comunidades. O contra-axé ainda pode ser todas a quizilás dentro de uma casa de orixá e também certos tabus que cercam o Omo-orixá.
Na tradição dos orixás, axé também pode significar a "força das águas, do fogo, da terra, das árvores, das pedras" enfim de tudo que tem vida. Pois, o Candomblé é um culto de celebração à vida e a toda a força que dela advém, ou seja, o próprio culto, é o próprio Axé.
Para o yoruba, o verbo mais importante é realizar. Um homem vem ao AIYE, o Planeta Terra, para sua lembrança. É assim que ele será recordado por sua descendência, através de suas realizações.
Nada é feito sem o apoio dos Òrìsà, porque é através da força que flui deles para nós que essa realização ocorre.
Hoje, essa nossa palavra de significado mágico se banalizou, virou música chula, de bom ritmo e de forte apelo sexual. Para muitos, AXÉ é dançar com pouca roupa, “colocando a mão aqui e passando a mão ali, sentando na garrafa e mexendo o que não deve”.
É uma palavra sagrada tão importante quanto AMÉM, MAKTUB, ASSIM SEJA, ALELUIA e tantas outras, em tantas línguas, e está por aí desvirtuada, destituída de seu significado religioso, servindo de apelo comercial e chamariz sexual.
Conclamo aos sacerdotes afros-descendentes sair a campo esclarecendo, defendendo, e se reapossando de nosso AXÉ!
Que volte a encerrar as nossas bênçãos, as nossas preces! Que aqueles que ouvirem a palavra AXÉ sintam-se abençoados e plenos de graça. Que um homem de AXÉ seja um sacerdote e não um símbolo sexual. Que uma viagem de AXÉ seja uma visita a Terra Mãe África e não alguns dias de carnaval na Bahia.
Que todo brasileiro, independente de sua opção religiosa, tenha muita AXÉ!

UM EXCELENTE DIA CHEIO DE MUITO ASE!!!

terça-feira, 29 de março de 2011

PONTO PRETO VELHO I

Pessoal, bom dia!
Ontem a noite postei um texto, com a ajuda de minha esposa, esclarecendo muito além do termo a questão do Abyan.
pois bem, tive esse cuidado para corrigir um erro comum de achar. Que todos os não iniciados são Abyans e o texto esclarece essa questão.
Do mais, algumas pessoas pediram para eu escrever nesse espaço o ponto de preto-velho que aprendi recentemente e que foi campeão no Umbanda Fest, 2009 salvo engano. Pesquise no YouTube, pois vale a pena, ainda mais se tocado em um Ijexá bem lento:

ESPERANÇA DE UM NOVO AMANHECER

Ecoou um canto forte na senzala (2x)
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento, não existe mais chibata
Só existe esperança para um novo amanhecer.

Povo negro, povo forte
Trabalhavam pro senhor
E sofriam as maldades praticadas pelo feitor
O sangue, o suor, e a lágrima
Derrubavam só pra vida
Pois sabiam que o sofrimento os preparavam para nova vida.

Ecoou um canto forte na senzala...

Dos tambores de Angola e de Minas
Caminhavam mandou Cambinda
São os velhinhos da Umbanda
Que encaminham nossas vidas
Esqueceram de toda a senzala
Do cativeiro a crueldade
Pois voltaram para essa terra
Pra praticar a caridade

Ecoou um canto forte na senzala...

Lindo ponto, parabéns ao autor dessa verdadeira reza.

Axé para todos!

segunda-feira, 28 de março de 2011

O QUE É SER ABIYAN?

Dentro dos cultos afro-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são classificadas de Abiyans.
A palavra Abiyan quer dizer: Abi= "aquele que" e An= seria uma contração de "Onã", que quer dizer "caminho". As duas palavras aglutinadas formaram o termo Abiyan, que quer dizer "aquele que começa", "um novo caminho". E é isto, o Abiyan é uma pessoa que está começando um novo caminho, uma nova vida espiritual.
O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, obrigação de bori e, até em alguns casos, ter orixá assentado.
O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples freqüentador, como muitas das vezes é classificado.
Um Abiyan pode desempenhar várias atividades dentro de um terreiro, como, por exemplo, varrer, ajudar na limpeza, ajudar nos cafés da manhã e almoços comunitários realizados em dias de festas de orixá, lavar louças, ajudarem na decoração do barracão, enfim, o Abiyan pode desempenhar várias tarefas sem maior envolvimento religioso.
O período de Abiyan é de muita importância, pois, é nesse período que o recém-chegado no Candomblé passa a observar o comportamento e a conviver com os já iniciados.
Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes de se iniciarem no Candomblé. Portanto, vale ressaltar a importância deste período, ou seja, Abiyan e dizer que o freqüentador que apenas vem assistir, em yorubá, chama-se Lemó-mú (assistência).

A HORA DA ATITUDE!

Meus amigos, bom dia.
Hoje já estava pronto para postar novos pontos ou cantigas, mas esse final de semana mudou esse cenário frente a duas reuniões que tive a felicidade de participar.
Na primeira, organizando a segunda caminhada para Ogum em Suzano (que certamente será alvo de um post meu essa semana), tive a felicidade de ouvir Pai Delton de Oxossi manifestar-se dizendo que está cansado do texto ensaiado de respeito entre as casas e espera é atitude para que isso ocorra um dia.
Pois é... por isso começo essa semana, mais uma vez postando de um celular, em uma condução lotada, esse texto que me gera uma reflexão ainda maior: cada dia aprendemos mais, pois como sempre disse aqui meu objetivo é compartilhar conhecimento e não tinha idéia de ocorrer fatos commo esse. (uma reunião no final de semana ser tema do meu post na segunda-feira).
A palavra hoje é ATITUDE, afinal, o que você faz para mudar seu dia e edificar nossas queridas religiões? Tudo depende dos atos praticados por cada um de nós.
Na sequência tivemos uma reunião, na qual houve uma apresentação (vou ver se consigo postar no YouTube e desde já peço escusa por não estar de branco, mas não sabia que ia tocar eesse dia).
Foi um evento importante, apesar da falta de organização do rapaz que conduzia, já que foi tratada a questão do turismo religioso (voltado para as matrizes afro) e contou com a presença de várias autoridades do Alto Tietê.
Enfim, um final de semana movimentado mas que certamente irá mudar algumas atitudes que eu tomo. E você está pronto para fazer a diferença?
AXÉ A TODOS!!!
PS: se você acha que é tão bom a ponto do Orixá exigir sua feitura no santo, certamente ainda não entendeu a essência maravilhosa de VOCÊ ter sido escolhido pelo Orixá e não o inverso.
REFLITAM irmãos, mas não esqueçam da ATITUDE em tudo que fazem na vida.

sexta-feira, 25 de março de 2011

REFLEXÃO - ORIXÁS E A NATUREZA

Pessoal, bom dia. Como já havia informado também irei escrever textos sobre experiências e pensamentos que tenho. Espero que gostem deste primeiro texto embasado fundamentalmente nos Orixás do Candomblé, apesar das entidades de Umbanda também nos ensinar isso!
Uma questão que sempre me orgulho é o respeito existente pela Natureza. Os Orixás (ou Orisàs como prefiram) tem sua representatividade ligada diretamente aos elementos da natureza (Xango trovão e pedreiras; Oxum cachoeiras; Iansã raios, etc.) o que demonstra nitidamente que o verdadeiro amor pelo Orixá não está simplesmente no fato de dizer que ama o Orixá e fazer diversas saudações.
Não.
O amor ao Orixá está intrisicamente ligado ao fato de respeitarmos seus elementos, que em sua grande maioria está ligado a natureza. Vou exemplificar a questão:
Gosto de demonstrar as PESSOAS meu amor pelo meu pai Xango vestindo camisas, saudando meu Orixá (Kaô Kabiecilê!), acendo velas, etc e etc.
Mas isso não é o suficiente, pois vou demonstrar o verdadeiro amor a ele respeitando seus elementos, não só ligados a natureza (como ser justo com as pessoas), mas especialmente esses (respeitar o trovão, respeitar as pedreiras).
Até o arrancar do que pode parecer uma simples folha deve-se pedir a licença de Ossain e agradecer o sacrifício dessa vida para nos dar força.
O Orixá tem sua essência nas coisas mais simples, porém, fundamentais para nossa existência. Em minhas rezas diárias peço aos Orixás que demonstrem a toda a humanidade o quão fundamental são os elementos da natureza e que toda a conquista de bens materiais jamais podem ou devem se comparar a força destrutiva da Natureza quando provocada.
Que todos os espiritas entendam a importância que temos para um desenvolvimento sustentável do planeta!!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

PONTOS DE OGUM I

Olá a todos!
Hoje irei iniciar os pontos de Umbanda, começando por Ogum. Em primeiro momento, como eu já tinha falado ontem, meu objetivo não é ser o dono da verdade, mas apenas compartilhar o que aprendi ao longo desses anos.
Nossos pontos e cantigas são cantados de formas diferentes variando de casa para casa, sendo o primeiro passo para crescimento da nossa religião o RESPEITO entre os próprios adeptos.
Vocês vão observar que sempre estarei denominando com número romano o post, pois não tenho o objetivo de colocar todos os pontos num único post.
Com a licença e a benção de todos meus irmãos, começo nesse momento a dividir meu conhecimento:

PONTOS DE OGUM I

Um cavaleiro bateu na minha porta eu passei a mão na pemba para ver quem era (2x)
Era São Jorge guerreiro minha gente, cavaleiro da força e da fé (2x)

Quem está de ronda é São Jorge, deixa São Jorge rondar (2x)
São Jorge é guerreiro, São Jorge é cavaleiro, São Jorge é vencedor de demanda (2x)
Quem está de ronda é São Jorge, deixa São Jorge rondar (2x)
São Jorge é guerreiro que gira na Terra e gira no mar (2x)
Saravá meu pai (2x)
Girar é bom girar girar é bom girar é bom é bom girar!

Bandeira branca é de Ogum que está exposta lá no Humaitá (2x)
Ogum é general na Umbanda, Ogum vence demanda em qualquer lugar (2x)

Se meu pai é Ogum (OGUM!), é vencedor de demanda
Quando ele vem de Aruanda é pra salvar filhos de Umbanda (2x 'tudo')
Ogum... Ogum Iará
Ogum, Ogum, Ogum Iará
Salve os campos de batalha salve a sereia no mar
Ogum... Ogum Iará (2x)
Ogum ele já venceu a guerra para salvar os seus filhos nessa Terra
Salve os campos de batalha salve a sereia no mar
Ogum... Ogum Iará
Se meu pai é Ogum, Ogum Iará

A primeira espada quem ganhou foi ele (2x)
Mas ele é, ele é Ogum Megê ele veio de Aruanda pra seus filhos proteger (2x)
Na porta (ou alta) da romaria eu vi um cavaleiro de ronda (2x)
Trazia um escudo no braço e uma lança na mão, Ogum venceu a guerra e matou o dragão (2x)

Lá vem Ogum em seu cavalo, com sua lança sua espada na mão
Se o campo é largo deixa correr, vamos saravá Ogum Megê.

Ogum já venceu já venceu já venceu
Ogum vem de Aruandá quem lhe manda é Deus

Na lua nova eu adorei Ogum (2x)
Adorei, adorei Ogum (2x).

Bem acho que é isso para o primeiro dia. Dúvidas e sugestões estou ao dispor!

quarta-feira, 23 de março de 2011

OBJETIVOS DESSE BLOG

Olá a todos.
Sempre fui da opinião que quando você vai fazer algo deve fazer o seu melhor e esse é meu objetivo neste espaço.
Aqui não vou tratar de verdades absolutas ou de julgar pessoas. Sempre aprendi que mais sábio é quem sabe ouvir e vou estar sempre aberto a critícas e sugestões. Nesse espaço estarei postando pontos de todas as linhas na Umbanda; cantigas do Candomblé da nação Ketù e Angola (aos adeptos de Jeje peço desculpas mas prefiro não me aventurar onde não tenho conhecimento). Além disso estarei postando textos que eu irei elaborar com embasamento nos ensinamentos recebidos pelos Caboclos e pelos Orixás.
Nasci dentro de uma casa de Umbanda, a qual minha mãe é a Ialorixã (www.tunsc.com.br) e há 15 anos estou no Candomblé onde descobri meu amor incondicional a meu pai Airà.
Pois bem, acho que isso é suficiente para um início... Já gostaria de aproveitar o espaço e agradecer a algumas pessoas sem as quais esse projeto não seria possível: Renata minha vida que sempre me apoia mesmo nesses projetos que de início sempre soam como malucos... Minha mãezinha Natália por sempre me ensinar o caminho da verdade e da justiça; meu pai Raul, minha tia Regina e meu irmão Marcelo por toda a convivência e ensinamentos.
Agradecer a TODAS as entidades seria um erro, pois eu iria depender de mais um monte de posts (rs). Mas elas certamente sabem que tudo em minha vida é espelhado em seus ensinamentos.
AXÉ A TODOS NÓS IRMÃOS!!!
Amanhã se tudo correr bem já iniciarei a postar pontos e cantigas, sem querer ser o dono da verdade. Sigam-me e sinalizem o que você acha que pode ser posto aqui para edificar nossa religião!

terça-feira, 22 de março de 2011