Xango Ayrà

Xango Ayrà
Kaô Kabiecilê!

terça-feira, 14 de junho de 2011

CRIANDO CANTIGAS

Pessoal, bom dia.
Outro dia, acompanhando uma discussão de seleto grupo de candomblecistas, chegaram a conclusão que seria possível criar novas cantigas, com o devido conhecimento iorubá (gramatical e verbal).
Eu mesmo já pude presenciar essa situação com senhora que domina o idioma e criou uma cantiga na saída de uma Yemonjà de 21 anos.
Lindo e que demonstra muito conhecimento.
Porém, me questiono francamente que caminho seguir: da criação ou do resgaste da cultura em nossa origem.
Eu ainda me inclino para a segunda corrente, pois ainda acho que nossas raízes estão sendo perdidas cada vez mais, ainda com maior volume em minha nação Keto, frente a diversos Iles hoje preferir o Efon mesmo não tendo ele em suas raízes.
Uma situação é a casa cantar um pouco ou homenagear outra nação em um Orişà (já presenciei muitas Angolas cantando um pouco para determinado Orişà em Keto).
Além disso, a criação de novas cantigas pode, ainda, cair 'nas mãos' de zeladores sem escrupulos que justificarão isso para tornar nossa religião motivo de piada, não sendo loucura imaginar a mistura iorubá-português.
Por essas e pelo tradicionalismo marcado em minha personalidade é que acredito ser periogoso esse caminho, devendo ser usado com cuidado e por quem efetivamente domina a cultura e idioma.
Mas acredito ser mais prudente e importante o resgate as raízes do que a criação.
Asè a todos.

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